domingo, 27 de maio de 2012

Não dramatize a gordura - Impressões dobre o livro A Teia de Aranha Alimentar - Parte 01

Boa noite meninas! Hoje meu post vai ser um pouco longo, mas acho que vale a pena ser lido. Estas palavras são minhas impressões e reflexões sobre o livro que estou lendo no momento, A Teia de Aranha Alimentar de Máximo Ravenna. 

Até agora, ao final da primeira parte, simplesmente consigo me ver no que leio, principalmente enxergando o que está errado, dando nome aos bois, que nem sempre é fundamental, mas é o que sempre buscamos.






Não dramatize a gordura.

Sem dúvidas, hoje, a obesidade é vista como uma doença social, já que ao comer de forma não saudável, o alimento se transforma em uma droga com efeitos comparados aos entorpecentes encontrados pelo mundo. Assim, a partir deste momento em que o ato de comer em excesso se torna um vínculo automático descontrolado, “desdrogar-se” se torna um difícil processo de transformar um projeto de morte em um reencontro com a vida. Libertando-se das amarras desta “escravidão”.

Daí surgem as esmagadoras perguntas: Quem sou? Em que me transformei? E as respostas são uma pessoa sem identidade, apenas caracterizada pelo seu peso, pela tristeza, pelo deszelo, sua baixa auto estima... sofrendo um ataque impiedoso e constante pela forma obcecada em que trata seu “objeto de prazer”, a comida, ficando alheios e apáticos ao resto.

E isso tudo se sustenta principalmente pela falta de capacidade de se conviver com o “não” e com as frustrações, além do imediatismo onde queremos mais, tudo e já. Levando-nos assim a busca pelo prazer imediato. Falso prazer, euforia efêmera. Prazer este que se torna uma fuga da dolorosa e estressante realidade, mas só nos damos conta de quanto essa trama é artificial a longo prazo, quando as consequências indesejadas atingem nosso corpo e nossa alma.

É chegada então a hora de encarar os fatos. Assumir que nem sempre se pode estar bem, que se sentir feliz não é uma obrigação. Na realidade se trata de uma elaboração dos maus momentos para aceita-los e resolve-los, não para evita-los, tirando assim a comida do pedestal, do pilar de apoio onde as refeições escorrem por sua boca sem pedir permissão, vencendo seu próprio desejo e saindo da vida flutuante entre o controle e o excesso, entre a responsabilidade e a impunidade.

Agora vamos pensar em como tudo se arquiteta de forma perfeita, cíclica e viciante. Ao planejar comer por comer, com certeza já arranjamos todas as situações, com base em desculpas e permissões variadas e repetidas, banhando-se em ações compulsivas, irrefletidas e descontroladas, sempre em busca daquele prazer desestressantes, diante de uma vida conturbada, que não resolve, mas acalma.

O que acontece é que a memória grava em seu cérebro uma experiência ligada a uma determinada atividade ou substancia que foi prazerosa ou confortável. E em seguida ao se deparar com tais situações, vamos buscar nessa mesma atividade ou substancia a mesma satisfação. Neste passo se fecha um circulo vicioso. Temo agora um vinculo afetivo com a comida. O “amigo” se transforma em carrasco e, lentamente, mas sem piedade, vai nos aniquilando.

Descobrimos que a obesidade não é um sintoma isolado ou um desequilíbrio físico, mas obedece a um comportamento de base que a sustenta e está ligado ao descontrole, ao autoengano, à falta de limites e a dependência, atenuando os quilos incômodos, acomodados num corpo inerte, com mais alguns quilos disfarçados de alívio.

Vendo desta forma é fácil chegar à conclusão que o problema não está na comida, mas nos comportamentos que nos levam a transforma-la nesse objeto que nos domina fechando o circuito do sofrimento, da culpa, da impotência, da resignação, do mau humor e da queda da auto estima.
E agora, o que fazer? Primeiro, não dramatize sua gordura. Talvez a chave seja fazer os problemas circularem pelos trilhos que lhes cabem, sem descarrila-los para a compulsão e o excesso. Então, ter mais tolerância à frustração é o ponto de partida.

É hora de assumir que nem sempre se pode estar bem, que se sentir feliz não é uma obrigação. Na realidade precisamos elaborar os maus momentos para aceita-los e resolve-los, não para evita-los.
Esses “gatilhos” que disparam atitudes compulsivas, devem ser vistos como plataforma de lançamento para o desenvolvimento da criatividade ou para dar um tom inesperado ao ócio. Deixamos de nos sentir esgotados e responsáveis pelo mundo, trazendo para nossas vidas a tão sonhada tranquilidade, que também é feita de maus momentos. Não se iluda!

Com base nessas palavras fica a seguinte reflexão de Dante em sua Divina comédia: “a única forma de saber como sair do Inferno é colocar-se em seu próprio centro, em sua parte mais incandescente”.

E ai... vocês se identificaram também?! 

Xêros e até amanhã!

6 comentários:

  1. Meninaaaaaaaaaaa super me identifiquei!
    Eu desconto mesmo minha coisas na comida!
    meu pai do céu!
    adorei!
    bjo

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  2. nossa, eu me idenfitiquei tbm.....
    que coisa
    beijos e boa semana

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  3. Culpada!
    Tô gostando desse livro, promete!
    Continua postando aqui pra gente! Se continuar assim, quero comprar!
    Pra mim, esses livros que falam sobre nutrição, sobre como comer, sobre gorduras e talz, são uma pequena parte da dieta ou ra, o que nos faz entender como tudo funciona, são os livros que nos dão esse "tapa na cara", porque eles mexem com nosso interior!
    Beijo flor e ótima semana!

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  4. ai gostei do livre.

    É um bom chacoalhão para começar a semana com pé direito

    bjs

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  5. com certeza me identifiquei, gostei do livro, vou procurá-lo para ler também flor
    beijos e boa semana

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  6. Nossa, tb preciso levantar a mão e dizer que muuuito me identifiquei!!! Eu te desejo um findi ótimo! bjs

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